Como montar corretamente seu fluxo de caixa.
Estas quatro etapas irão ajudá-lo a manter o controle do dinheiro que entra e sai da sua empresa em crescimento.
O dinheiro é rei quando se trata da gestão financeira de uma empresa em crescimento.
A diferença entre o momento que você paga seus fornecedores e funcionários e o tempo para receber esse valor de seus clientes é o grande problema, e a solução para isso chama-se Gestão de Fluxo de Caixa.
Na sua forma mais simples, a gestão do fluxo de caixa significa controlar as entradas e saídas dos valores monetarios que a empresa movimenta. A gestão dessas informações consiste em elaborar, analisar o fluxo de caixa e tomar decisões que dizem respeito aos pagamentos e recebimentos. As possiveis faltas de caixa podem ser observadas com antecedência, permitindo que empréstimos ou mudancas da política financeira da empresa sejam tomadas. É um instrumento de gestão financeira simples, porém muitas empresas não utilizam e algumas, utilizam de forma incorreta.
Medindo o Fluxo de Caixa.
Prepare as projeções de fluxo de caixa para o próximo ano, o próximo trimestre e a próxima semana. Uma projeção de fluxo de caixa pode alertá-lo para problemas bem antes de acontecer.
Entenda que o fluxo de caixa não é a realidade do futuro. São suposições que equilibram uma série de fatores. Entendendo se o seu contas a receber suporta o mesmo ritmo do seu contas a pagar, onde seu contas a pagar pode ter sido ampliado no passado por vários motivos, incluindo despesas, como os aumentos de capital, os juros de empréstimos e pagamentos que foram responsáveis por flutuações de vendas sazonais.
A projeção de fluxo de caixa mais precisa, demonstra o conhecimento detalhado dos valores e datas dos próximos pagamentos e isso irá te ajudar a conhecer de fato se você poderá ou não ter um problema. Isso não significa saber apenas quando cada centavo será gasto, mas em quê. Tenha um item em sua projeção para cada esforço ou necessidade, incluindo aluguel, estoque, salários, comissões, impostos, compra de ativos para a empresa, honorários profissionais, material de escritório, o pagamentos de dívidas, publicidade, veículos e equipamentos de manutenção e de combustível, enfim todas as suas despesas fixas e variáveis.
Gerenciando o contas a pagar.
Quando você está administrando uma empresa em crescimento, você tem que administrar despesas com cuidado. Não se iluda com a complacência de que vendas significa expansão. No momento em que você notar que as despesas estão crescendo mais rápido do que as receitas, analise os custos com cuidado, para encontrar o que pode ser cortado ou como controlá-los.
Aqui estão mais algumas dicas para usar o dinheiro com sabedoria:
Aproveite ao máximo as condições de pagamento de seus forncedores.
Comunique-se com seus fornecedores para que eles conheçam a sua situação financeira. Se você precisar de atrasar um pagamento, você vai precisar de sua confiança e compreensão.
Considere cuidadosamente as ofertas de descontos para pagamentos antecipado aos fornecedores.
Nem sempre focar o menor preço ao escolher fornecedores. Às vezes, condições de pagamento mais flexíveis podem melhorar o seu fluxo de caixa mais do que o preço.
Ajustando Deficiências
Cedo ou tarde, você vai prever ou encontrar-se em uma situação onde você não tem o dinheiro para pagar suas contas. Isso não significa que você é um fracasso como um empresário, você é um empreendedor normal, que não pode prever perfeitamente o futuro. E há práticas comerciais normais, cotidianas que podem ajudar você a gerenciar esse deficit.
A chave para gerir deficits de caixa é saber do problema o mais breve possível. Os bancos ficam receosos de clientes que precisam do dinheiro de forma rápida. Eles preferem fazer empréstimos para você antes que precise, de preferência meses antes. O pensamento é assim, se você precisa de dinheiro rápido, significa que você não conseguiu planejar, logo você não faz o “trabalho de casa” e neste caso o banco não vai estar muito interessado em ajudá-lo.
Uma vez que é muito mais fácil, fazer emprestimos quando você não precisa deles. Isso é especialmente verdadeiro se você foi um bom cliente no passado e manteve um bom relacionamento com as instituições financeiras.
Montando o fluxo de caixa correto.
Faça um levantamento de todas suas despesas e receitas, atuais e futuras, planos de investimento e expansão, preferencialmente alinhado com seu Plano de Negócios, e os organize por natureza: operacional, não operacional e investimentos.
O correto é que o fluxo de caixa contemple um horizonte correspondente ao ciclo operacional da Empresa. Geralmente este ciclo compreende o período de um ano, mas atividades de ciclo mais longo exigirão um horizonte maior. Empresas que trabalham com importação ou por safra, por exemplo, devem considerar o tempo médio da importação ou o periodo da safra como seu ciclo operacional.
Não seja otimista com as previsões das entradas e receitas. Um bom fluxo de caixa deve considerar o fato de que alguns clientes não pagarão na data do vencimento ou mesmo que alguns não efetuarão o pagamento, exigindo a necessidade da aplicação de uma porcentagem de perdas sobre as entradas.
Antecipe-se sempre, pois podem ocorrer problemas operacionais que impactam o seu fluxo de caixa, como atraso na inauguração de uma nova linha de produção, ou perda de um cliente dentre outros problemas.